
O que faz a associação brasileira de preservação ferroviária?
O setor ferroviário brasileiro é muito rico em história. Desde as primeiras construções ferroviárias, em meados de 1850, até os dias atuais, muitas modificações foram feitas nesse setor. Com isso, a associação brasileira de preservação ferroviária desenvolve um trabalho muito importante para preservar a história ferroviária do país, permitindo que a população conheça mais sobre esse setor e sua importância.
A preservação de aspecto histórico, seja das ferrovias, ou de qualquer outro setor, pode ser feita de diferentes maneiras. Na arte, por exemplo, são desenvolvidos acervos, museus, galerias, entre outras ideias que fazem com que a história de itens valiosos sejam preservados e revelados para o conhecimento do público.
Como as ferrovias desempenharam um papel fundamental para o Brasil nos séculos anteriores, essa preservação é fundamental. Além de fomentar a busca por conhecimento por parte da população, pode ajudar o setor a voltar a se desenvolver de maneira eficiente, como era durante o fim do século XIX e início do século XX.
Entretanto, todos os aspectos de preservação histórica aqui no Brasil ainda são defasados. Nos últimos anos, por exemplo, grandes espaços de preservação, como o Museu Nacional, Cinemateca e Jardim Botânico da UFMG foram afetados por incêndios, muito por decorrência da falta de cuidados e investimentos para manutenção desses ambientes.
Nesse sentido, o trabalho executado pela associação brasileira de preservação ferroviária é fundamental para que a memória do sistema ferroviário brasileiro seja preservado e cuidado. Na sequência, veremos o que é exatamente essa associação, como funciona, quais são suas capacidades, regiões em que atua e as ferrovias históricas que são operadas por ela.
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O que é a associação brasileira de preservação ferroviária?

Bom, como o próprio nome já indica, a associação brasileira de preservação ferroviária é uma companhia que tem a responsabilidade de trabalhar para “promover o resgate e a conservação do patrimônio histórico ferroviário brasileiro, disponibilizando os bens à visitação pública”, como indica a própria associação.
Assim como outras diversas associações e ongs de preservação histórica brasileira, a Associação brasileira de preservação ferroviária (ABPF) não possui fins lucrativos e é administrada por uma diretoria nacional, regional e com diversos núcleos espalhados pelo Brasil.
Os recursos conseguidos com as visitações e viagens realizadas pelos trens administrados pela ABPF são utilizados na manutenção do projeto.
A fundação da associação brasileira de preservação ferroviária foi em 1977 pelo francês Patrick Henri Ferdinand Dollinger, que se juntou a interessados em preservar a memória de locomotivas a vapor e que queriam ajudar na divulgação histórica do sistema ferroviário brasileiro.
A sede nacional da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária fica, atualmente, na cidade de Campinas, na região metropolitana do Estado de São Paulo. Entretanto, quando a ABPF foi constituída, a sua sede era na capital paulista.
Apesar de sua sede ser localizada em Campinas, a associação sempre buscou trabalhar para preservar a memória ferroviária de todo o país. É justamente por isso que a ABPF é dividida em núcleos regionais, visando essa abrangência mais ampla.
A ideia principal em torno da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária é justamente trabalhar para que as ferrovias históricas do país não sejam esquecidas. Com isso, a associação trabalha com museus, viagens de trens que já não são mais utilizados em planos governamentais e outras formas de levar esse conhecimento histórico para a população.
Regionais da ABPF

Como dissemos, a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária se espalhou e se estabeleceu em diferentes regiões do país, não concentrando suas ideias e conhecimentos apenas na região sudeste e, essencialmente, no estado de São Paulo.
Dessa maneira, a ABPF atua em diferentes regiões, possuindo sedes em diferentes estados e municípios do Brasil. As principais regionais da ABPF e as cidades que atua são:
- Regional de Campinas – Campinas e Jaguariúna;
- Regional Paraná – Curitiba;
- Regional Porto Novo – Porto Novo;
- Regional Rio de Janeiro – Cidade de Rio de Janeiro;
- Regional Santa Catarina – Apiúna, Marcelino Ramos, Piratuba e Rio Negrinho;
- Regional de São Paulo – São Paulo e Paranapiacaba;
- Regional Sul de Minas – Cruzeiro – SP, Guararema – SP, Passa Quatro – MG, São Lourenço – MG e Soledade de Minas – MG;
- Núcleo de Estudos Oeste de Minas;
- Núcleo de Rio Claro.
Cada uma dessas regionais ou núcleos da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária são responsáveis por atuar nessas cidades de diferentes maneiras, seja na execução de oficinas, trabalho com material rodante, museus e, essencialmente, viagens com trens históricos preservados.
Ferrovias históricas com trens em operação

Como dissemos, uma das grandes façanhas da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária é proporcionar para a população viagens em trens ferroviários históricos do país. Atualmente, existem alguns trens importantes que possuem essa operação turística e que são administrados pela associação, garantindo que a população consiga conhecer cada vez mais sobre a história das ferrovias brasileiras e sentindo na pele como são essas viagens.
Esses trens turísticos são chamados de “museus dinâmicos”, justamente por serem museus, que mostram um pouco da história da região e do próprio veículo, mas de maneira dinâmica, com a execução de uma viagem por diferentes regiões.
Durante os passeios pelos trens, as pessoas são submetidas a diferentes atrações, de acordo com o tipo de trem que estamos falando.
Enquanto certas viagens são carregadas de música e serviços de bordo, outras são mais focadas na história da ferrovia, contada pelos monitores da Associação Brasileira de Preservação Histórica e pelas imagens disponibilizadas nos trens.
Conheça quais são e onde estão localizados os principais museus dinâmicos administrados pela ABPF:
- Viação Férrea Campinas Jaguariúna – Campinas até Jaguariúna;
- Trem da Serra, Trem das Termas e Estrada de Ferro Santa Catarina – Santa Catarina;
- Trem dos Imigrantes e Trem dos Ingleses – São Paulo;
- Trem das Águas e Trem da Serra da Mantiqueira – Sul de Minas;
Além das operações com museus dinâmicos, é possível encontrar nessas e outras regionais da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, outros museus que ajudam a preservar a história das ferrovias brasileiras, levando esse conhecimento fundamental para a população, como o Museu de Sinalização Ferroviária no Rio de Janeiro.
Conclusão: associação brasileira de preservação ferroviária
Como vimos, a ABPF é uma importante associação de preservação histórica das ferrovias brasileiras. Com regionais em diversas regiões do país, a ABPF atua de maneira efetiva para levar o conhecimento sobre a história das ferrovias brasileiras para a população mediante oficinas, palestras, museus e, fundamentalmente, viagens de trens históricos.
Fontes:
http://vfco.brazilia.jor.br/abpf-preservacao-ferroviaria.shtml