Ferrovias

Conheça mais sobre as principais ferrovias da Colômbia

A Colômbia é um dos muitos países vizinhos ao Brasil que possuem grande potencial de parceria econômica. Porém, apesar disso parecer ser uma ideia óbvia, tendo em vista o Mercosul, ainda é algo que está distante. Diversas áreas ainda podem ser exploradas, diversos setores, envolvendo a infraestrutura de cada país. Ambos compartilham momentos de expansão multimodal, um dos maiores exemplos sendo as ferrovias da Colômbia e do Brasil estarem em um pico de renovação.

O importante de poder analisar a situação estrangeira em um caso específico como a distribuição de commodities, sejam eles importados ou exportados, é que isso pode acabar dando espaço para novas relações e novas maneiras de entender como a própria economia pode funcionar.

Ferrovias da Colômbia

ferrovias na colombia

Contando com um país relativamente pequeno, as ferrovias da Colômbia compõem uma parcela importante da sua área territorial. Concentradas nas regiões Norte e Oeste, elas são compostas por diversas redes que se conectam entre si, integradas também em alguns casos com portos, como o Porto de Bolívar, controlado por capital privado. No caso, as redes que compõem o sistema ferroviário são formadas por quatro estruturas ativas e uma inativa. 

A maioria pertence ao sistema público, mas a integração com a rede privada também existe. As duas maiores redes, chamadas Atlântico e Pacífico, cobrem por volta de dois mil quilômetros de extensão. No caso, assim como no Brasil, a Colômbia tem passado por um período de renovação das suas ferrovias desde 2018, o que fez com que a participação do capital privado tenha se tornado mais presente, permitindo o vislumbre de corredores ainda maiores e mais presentes na geografia do país.

Muito utilizadas no transporte de carvão, as ferrovias da Colômbia possuem certas características que são bastante vantajosas quando se trata de opções para exportação. Contando com abertura para o Oceano, além da fronteira com o Panamá (grande corredor de mercadorias) e outros três países da América do Sul, é inevitável pensar que as ferrovias poderiam ser ainda mais aproveitadas.

Possíveis integrações na América do Sul

montanhas da colombia

Já existem diversos projetos de integração, que incluem pesquisas acadêmicas e propostas reais por parte de capital estrangeiro, que veem a Colômbia como uma boa área para ser conectada a partir das ferrovias. Como descrito acima, existe por parte do país, um interesse na renovação das ferrovias da Colômbia, que pode ser viabilizado com a ajuda de outros países como o Brasil.

Um exemplo disso, são as estradas de ferro entre as ferrovias dos dois países que já estão conectadas, apesar de não serem propriamente utilizadas. Apesar do reconhecimento de que o minério de ferro é uma boa matéria-prima para ser transportada nesse corredor, ainda há muito que poderia ser feito para poder apoiar essa relação.

A partir de uma adaptação do sistema técnico dos países, utilizando de bitolas que sejam compatíveis (já é o caso entre a maioria), é possível criar corredores logísticos usando as ferrovias da Colômbia, para que o transporte de certos produtos, como o carvão, possam ser exportados de maneira inteligente e proveitosa. 

É o caso de perceber como essa relação já existe e pode ser melhorada, a partir de sistemas que também já existem, mas podem ser renovados. O momento nunca esteve tão perfeito.

Ferrovias Colômbia – Novos investimentos

A prova de que existe potencial nas ferrovias da Colômbia também vem muito dos novos investimentos que estão sendo feitos, afetando diversas estruturas positivamente no país.

Como descrito acima, o capital estrangeiro e privado está sendo injetado constantemente nesses setores com ajuda de uma abertura criada pelo país, fazendo que todos os setores sejam adaptados de maneira a colaborar com esse tipo de economia. 

Para entender melhor isso, basta ver os novos corredores que estão sendo construídos entre La Dorada e Chiriguana. Licitados pelo governo nacional em 2018, trata-se de trilhos que se estendem por mais de 500 km, feitos todos a partir de iniciativa privada.

Com mercadorias que já estão sendo distribuídas entre as principais cidades do país, essa nova linha funciona com a colaboração de algumas empresas. A maneira como isso afeta a economia local é importante pois a integração que surgiu desse novo corredor acabou afetando diretamente a logística do local, fazendo com que o apreço pelo multimodal ressurgisse.

Afinal, o principal uso das ferrovias da Colômbia já é demarcada pela relação próxima ao porto de Bolívar. Aproveitar de outros portos existentes dentro do país, torna-se agora então ainda mais possível.

Interesse da China nas ferrovias da Colômbia

trilhos de trem

Como já dito acima, a Colômbia possui fronteira com o Panamá, que possui o maior canal de passagem de mercadorias do mundo. Conhecido por conectar o Oceano Atlântico e Pacífico, o canal realmente tem se tornado um chamativo para a região, visto que a China pretende usar das ferrovias da Colômbia para tentar ultrapassar a liderança que o canal tem como maior corredor de transporte do mundo.

Com o interesse de conectar o Pacífico a uma cidade localizada na costa do Atlântico, de acordo com uma reportagem do diário economico Financial Times, a China vê essa nova oportunidade de criar um corredor estratégico usando a Colômbia como o país conector.

A empreitada é mais do que interessante, visto que existem certas dificuldades ao adaptar o sistema ferroviário da Colômbia com um sistema internacional (devido a incompatibilidade de bitolas). Porém, é justamente isso que chama atenção no projeto, uma certa personalidade desafiadora que promete uma nova chance de logística para diversos países.

Conclusão

No final, tudo aponta para um mesmo caminho, o da utilização de meios multimodais para se alinhar com uma logística moderna capaz de lidar com os problemas do mundo moderno.

As ferrovias da Colômbia possuem as suas características, as suas qualidades e os seus problemas. Mas como foi percebido, diversos países estão dispostos a confrontar isso para que as relações globalizadas sejam mais fortes. A integração, além de ser uma ferramenta de sobrevivência, é também uma ferramenta de inovação.

pt_BR
en_US es_ES pt_BR