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Ferrovia Mato Grosso do Sul: conheça tudo sobre!

Existe somente uma ferrovia Mato grosso do sul? Não existem varias e todas são de intrínseca importância para a economia do estado. Com mais de 30% de seu PIB vindo através de indústrias e da agropecuária, a necessidade de transporte de produtos em larga escala é grande. Não à toa, algumas indústrias presentes na região estão querendo o aumento da malha ferroviária do estado. Isso porque quanto comparado aos outros estados.

Além disso e de entender um pouco mais sobre a história e importância do transporte ferroviário ao longo do último século, saiba também sobre a geração de empregos que a Nova Ferroeste e Eldorado Brasil Celulose ocasionarão para as cidades da região. Ademais, os valores investidos para a construção e os produtos que serão exportados nas ferrovias do Mato Grosso do Sul. 

Principais ferrovias do Mato Grosso do Sul

Do tamanho de um território continental, o Brasil é um dos países com maior extensão do planeta. Somente atrás de Rússia, China, Canadá e Estados Unidos, o Brasil tem 8.516.000 km² de área, sendo o quinto maior país do mundo. Só o estado do Mato Grosso do Sul, especificamente, possui 357.125 km². Isto quer dizer, a utilização de ferrovias em maior escala seria uma excelente opção para baratear os custos com transporte no país. 

Em se tratando das principais ferrovias do Mato Grosso do Sul, a Linha Tronco (Estrada de Ferro Noroeste do Brasil) é uma das ferrovias mais tradicionais do oeste brasileiro. Liga o centro-oeste do estado de São Paulo à cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Importante ligação com o estado mais rico do país, a ferrovia tem 1330 quilômetros de extensão. Além de sair bem do centro do estado de São Paulo, a cidade de Corumbá fica às margens do Rio Paraguai. Isto é, permite que existam conexões internacionais importantes, como Argentina e Paraguai. 

Além dela, outra ferrovia bastante conhecida e histórica da região é a Ferronorte (Ferrovia Norte Brasil). Ligando a cidade de Santa Fé do Sul (MS) à Rondonópolis (MT), é outro trecho importante para o Centro-Oeste do país desde 1989. Consolidada como um dos principais corredores para o escoamento de grãos da região, o trajeto é fundamental para o agronegócio. Aliás, são 755 quilômetros que ligam o noroeste paulista ao sul do Mato Grosso. Dentre os principais produtos transportados estão: a soja, o farelo de soja, grãos, minério, carne e a celulose, todos produtos cuja produção na região Centro-Oeste é bastante elevada. 

Produtos do estado que necessitam de escoamento por ferrovias

Ferrovia do Mato Grosso do Sul: conheça tudo sobre!

Se olharmos no quesito transporte de pessoas, o Brasil praticamente não utiliza este meio de transporte. Já quando falamos em transporte de carga, a malha brasileira poderia ser ainda mais desenvolvida. 

Quando pegamos um estado como Mato Grosso do Sul, ou até mesmo os grandes estados do Norte e Centro-Oeste do Brasil, a distância da costa litorânea faz com que o preço do transporte rodoviário seja muito elevado. Isso sem falar da quantidade de funcionários e veículos necessários, por exemplo. 

Dito isso, a construção de mais ferrovias facilitariam muito o escoamento de produtos das indústrias de grãos e celulose. Até por isso, a ferrovia Eldorado Brasil Celulose, por exemplo, será construída com iniciativa privada de R$890 milhões, com um trecho de 89 quilômetros. Nesse caso, seria a ligação do trecho entre Três Lagoas (MS) e Aparecida do Taboado (MS). As tratativas junto ao Ministério da Infraestrutura já foram iniciadas e a tendência é que as obras se iniciem até 2024. 

Além da Eldorado Brasil Celulose, a Suzano Papel e Celulose também é uma indústria forte no estado. Já no quesito indústria de grãos, algumas indústrias também se destacam, como a Semalo Indústria e Comércio de Alimentos e a BR Grãos, que fica localizada em Mundo Novo, pertinho da divisa com o Paraná

Ferrovia Mato Grosso do Sul – situação atual e futura

Com a malha ferroviária ainda visando crescer para facilitar o desenvolvimento da economia da região, somente a Eldorado Brasil Celulose deve custar cerca de R$1 bilhão de reais. Se olharmos para o âmbito nacional, o país como um todo vem tentando aumentar os investimentos nas ferrovias. Com o programa Pró-Trilhos, já são 12  empresas que já contam com a devida autorização do Governo Federal para se inserirem no setor. 

Além dos novos trechos que serão construídos nas ferrovias do Mato Grosso Sul, alguns outros trechos devem ser reativados e modernizados. Aliás, em se tratando de ferrovias, é sempre importante ressaltarmos a importância das balanças ferroviárias. Como o transporte ferroviário costuma operar com larga escala de produtos (como grãos, por exemplo), monitorar o peso que cada vagão suporta é fundamental para evitar perda de cargas. 

Como o estado do Mato Grosso do Sul é um dos grandes exportadores de grãos, a pesagem destes também é bastante facilitada, já que podem ser divididos de forma correta já na hora do transporte.

As ferrovias do Mato Grosso do Sul e as integrações que podem formar um novo corredor de exportação

Como em todos os âmbitos capitalistas, o aumento da malha ferroviária no Mato Grosso do Sul visa o benefício não só às empresas (principais beneficiadas, obviamente), mas também gera desenvolvimento para a região e, principalmente, a criação de empregos. Isto é, além de “colocar a região de vez no mapa”, toda a logística também melhora. 

Olhando um pouco mais especificamente para a Ferrovia Mato Grosso do Sul (Nova Ferroeste e Eldorado Brasil Celulose), só o trecho que ligará Maracaju (maior produtora de grãos) a Dourados (uma das maiores beneficiadoras) trará inúmeros benefícios. Ao todo a expectativa é que a construção dos trechos somente no estado gerem cerca de 30 mil empregos. 

Vale lembrar que a Nova Ferroeste, ao final de toda a sua construção, conectará o estado do Mato Grosso do Sul ao Paraná, permitindo essa integração importante entre os estados. Olhando somente para o trecho de 345 quilômetros da Ferrovia do Mato Grosso do Sul (de Maracaju até Mundo Novo), serão cerca de 4 bilhões de reais investidos. 

Conclusão

Esclarecidos todos os detalhes sobre as Ferrovias Mato Grosso do Sul e os novos trechos que devem movimentar a economia da região, o transporte ferroviário pode ser a saída para um futuro mais sustentável. Afinal, além de poluírem menos o meio ambiente do que o clássico transporte rodoviário, seu preço de uso é menor. Entretanto, existe a necessidade da construção de toda a malha. 

Já com relação especificamente ao Mato Grosso do Sul, as novas e velhas indústrias do estado devem se beneficiar nos próximos anos. Isso sem falar das populações das cidades próximas aos trechos da ferrovia, que terão cerca de 30 mil empregos disponibilizados. 

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