Ferrovias

Particularidades da evolução das ferrovias no Brasil

Quando se pensa em meios de transporte, as pessoas geralmente não dão o devido respeito às ferrovias do Brasil. Mesmo sempre tendo feito parte da história do país, é um tipo de ferramenta que geralmente passa despercebida para as pessoas. Muito disso ocorre porque a evolução das ferrovias no Brasil foi bastante complicada. Trata-se de uma jornada cheia de transformações, que no atual momento, encontra-se de maneira finalmente disponível para poder se concretizar de maneira plena.

Justamente o que faz da evolução das ferrovias no Brasil algo único é o fato de ter conseguido se ajustar apesar de certos problemas que poderiam significar o fim do setor ferroviário brasileiro. Isso por si só demonstra a importância das ferrovias no país, apesar de certo esquecimento que ocorre por parte dos governantes e empresários. O sistema foi estruturado com força para poder existir, e agora com as circunstâncias corretas, também pode impulsionar a si mesmo junto com o país. E o que garante a fama de resiliência da evolução das ferrovias no Brasil é o fato dela ter passado por dois momentos importantes: o de estatização e o de desestatização.

Estatização e desestatização

evolução das ferrovias no brasil

Por muitos anos, durante a segunda metade do século XIX e até o início da década de 1930, as ferrovias no Brasil eram controladas por capital estrangeiro e independente. Durante o período do Império, havia até mesmo leis que incentivavam a construção de malha ferroviária. Crescendo cada vez mais com as exigências do país, a extensão da malha no Brasil chegou a alcançar mais de 27 mil quilômetros de distância, se adaptando às novas tecnologias como tração elétrica, que ajudou a impulsionar mais o modal no país.

Isso demonstra como estava tudo em um caminho certo para a evolução das ferrovias no Brasil, porém, com a chegada de novas políticas no país, o cenário mudou. Com Getúlio Vargas no governo, a política de estatais se tornou fortemente executada no país, fazendo com que a estatização se tornasse a principal via política do momento. Com isso, o capital estrangeiro, que buscava preservar a malha grande já construída, foi descartado pelo momento histórico no Brasil em que as rodovias passaram a ser o novo meio de transporte importante para o governo.

Nos anos seguintes, passa a notar uma enorme diminuição no crescimento das malhas ferroviárias no país, com o foco total na construção de rodovias. Na década de 1940, a produção de novas malhas quase chega ao fim, até que Juscelino Kubitschek, durante o período estatal nos anos 1950, tenta reerguer o sistema. As malhas retomam uma importância parcial no país, chegando na maior extensão que todo o território nacional já viu, porém os esforços não são suficientes, a estatização durante a ditadura militar não obteve a mesma atenção, e já na década de 1960, as ferrovias têm sua relevância diminuída novamente. 

Chegando no seu pior período, a malha ferroviária brasileira passa então por um sucateamento de décadas, que só é interrompido nos anos 1990, quando finalmente ocorre a desestatização. A desestatização permite um novo respiro, de um novo tipo de capital e interesse que surgirá no Brasil. Novas tecnologias começam então a ser integradas, novas políticas de conexão intermodal, novos ligamentos e acessos previamente não utilizados. A evolução das ferrovias no Brasil chega no seu ápice.

Evolução da construção das ferrovias no Brasil

tecnologias para evolução das ferrovias no brasil

As ferrovias começaram a atrair atenção no Brasil bem no início da sua proliferação mundial. Como dito antes, a construção das ferrovias no país começou no século XIX, durante o Império, sendo a primeira ferrovia também a primeira intermodal do país,. Com a sua utilização era possível conectar portos e cidades no país, criando diversas conexões intermodais em um período em que isso não era algo comum. A produção de café foi uma das commodities que mais acabou aproveitando as ferrovias durante aquele momento, devido a facilidade de acesso que se tinha entre o litoral e o interior.

Não é preciso dizer como isso foi de extremo proveito para todas as regiões envolvidas. Desde a Estrada de Ferro de Mauá até a Estrada de Ferro São Paulo Railway, por onde passava a malha ferroviária, era trazido tecnologia e desenvolvimento. Por conta disso, diversas cidades ligadas a São Paulo acabaram crescendo muito industrialmente.

Atualmente, o que se passa com as ferrovias é que elas estão em processo de reinvestimento. A Estrada Norte-Sul, por exemplo, foi concedida em leilão para uma empresa internacional que agora passará a administrar o setor ao lado do governo. Com as recentes privatizações dos últimos 25 anos, é visível um futuro de ampliamento para as ferrovias, que trará consigo novamente o desenvolvimento das regiões que estiverem envolvidas.

Evolução tecnológica das ferrovias no Brasil

trem bala

Uma outra característica especial da evolução das ferrovias no Brasil se trata de como as tecnologias foram integradas no decorrer de sua história. Voltando também para suas origens no Império, as tecnologias ali empregadas acabaram sendo importantes para como se desenvolveria a malha no país.

No começo, era utilizada uma tecnologia inadequada de construção, que trazia consigo grandes variedades de bitolas, algo que dificultava principalmente a integração entre as estações e trilhos. Isso se dava por conta do planejamento de construção que na época não visava conectar as ferrovias com o mercado interno brasileiro.

Por conta desse “desacordo” que ocorria, muito do capital estrangeiro não era propriamente investido, pelo fato de que as tecnologias não eram devidamente esquematizadas para pode se criar de fato um esquema de conexão entre os trilhos e cidades. Que é justamente o que está sendo ajustado no momento.

Como descrito, a gerência da malha ferroviária brasileira é novamente privada, porém com a fiscalização do governo. Isso permite novas possibilidades de integração tecnológica por vários motivos, começando pelo fato de que será possível integrar setores, o que era impossível nos tempos do Império. Aliás, é exatamente o que aconteceu durante os quatro primeiros anos após a concessão das ferrovias pelo governo, uma intensa readaptação por parte das concessionárias para que a tecnologia nova que será utilizada esteja de acordo com o que as demandas do mundo moderno exigem.

Outro fator importantíssimo na evolução das ferrovias no Brasil e o seu envolvimento atual com a tecnologia, é que agora existem também novas maneiras de se fabricar malhas e ferrovias. Tecnologias como Hub’s logísticos, trens bala, categorias intermodais com acesso a máquinas e IA.

Todas essas novas formas de adaptação, totalmente integradas pela MASSA para poder continuar essa evolução das ferrovias no Brasil, é de extrema importância para que o país não perca novamente um momento de proliferação nacional. As ferrovias por muito tempo foram esquecidas, mas agora novos patamares estão sendo alcançados.

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