Agropecuária

Agronegócio cresce na pandemia: Sinais que o setor ferroviário precisa de investimentos

Apesar da pandemia de covid-19 ter afetado todo o mundo em um esquema econômico e industrial de produção e consumo, algumas situações permaneceram as mesmas e até mesmo chegaram a evoluir. Que o agronegócio cresce na pandemia no Brasil, isso parece cada vez mais um fato, mas o mais curioso é tentar entender como esse fato, que se desenvolveu em questão de pouco mais de um ano, aconteceu no país.

Por mais que o sistema alimentar no mundo pareça dar indícios de uma insustentabilidade em vias de uma crise tão econômica tão grande quanto a de 2008, envolvendo países em um sistema global de urgência, o Brasil percebeu que de acordo com o esquema correto e a logística moderna, é possível atingir o chamado pós-capitalismo da pós-pandemia, agindo de maneira consciente junto do setor privado no país.

Como veremos mais adiante, o agronegócio crescer na pandemia também é um “problema” cuja solução pode ser encontrada nas áreas mais diversas de consumo e produção do país, uma delas sendo as ferrovias e a correta utilização de corredores de exportação. No mundo moderno, o que conta é um país capaz de lidar com uma crise mundial e ao mesmo tempo crescer nesse sistema utilizando todos os meios possíveis a seu favor.

Comparativo entre 2019 e 2020

plantação de milho

De 2019 para 2020, o agronegócio cresceu na pandemia de maneira a aumentar 23% do PIB do agronegócio brasileiro, chegando a quase dois trilhões de reais. Com uma área agricultável de 64 milhões de hectares, o país chegará a produzir 268 milhões de toneladas de grãos, um número recorde.

Porém refletido de maneira inversamente proporcional, o número de pessoas empregadas preocupa. Diminuindo de um ano para o outro em 8,9%, trata-se de um forte indício que o país precisa urgentemente lidar com esse aumento de produção de maneira a acolher as pessoas afetadas pela crise. Dar emprego para todos, usar de sistemas novos que não eram pensados no ano passado e fazer um mercado consumidor interno cada vez mais ativo, usufruindo do aumento da produção para além do mercado externo de abastecimento alimentício.

Logística eficiente pode facilitar aumento do mercado

agronegócio cresce na pandemia

É por isso que justamente a resposta para todos os novos problemas enfrentados na pandemia envolvem a logística. Logística essa que está associada com a construção de novos corredores de exportação, pois se o agronegócio cresce na pandemia a utilização dos meios de transporte com livre capacidade de expansão como as ferrovias, o desinchar do sistema rodoviário é muito importante. Tudo isso faz parte de um mesmo esquema de organização que pretende ajustar definitivamente os gargalos existentes na distribuição de commodities no Brasil.

Dessa forma, as ferrovias podem então finalmente mostrar o verdadeiro potencial para o Brasil. Como visto em outros artigos do blog descrevendo os projetos de ferrovias e ampliações feitas no país nos últimos anos, isso tudo aliado a privatização gradual do setor ferroviário, somente através dessa organização moderna dentro do mundo pós pandemia será possível a construção de algo sólido e com harmonia dentro do sistema econômico.

Porque o agronegócio crescer na pandemia não necessariamente acarreta no crescimento de todos os outros setores de distribuição, seja ele o rodoviário que é amplo no Brasil mas está atingindo seu limite, seja ele o hidroviário, incapaz de sustentar todas cargas extras distribuídas.

Consequências e efeitos do pós pandemia no agronegócio

trem de carga

Então, as consequências que se tornam perceptíveis com a pandemia são as de que o mais importante no mundo atual do agronegócio é a organização e logística correta. Como visto com o caso da China, por onde começou o vírus, a situação deve ser planejada e contida, para que o abastecimento interno e externo de alimentos não seja interrompido. A gravidade de uma situação aleatória como essa sabotando praticamente todo o mundo com o impedimento da distribuição de produtos básicos mostra como esses efeitos não devem ser tratados como coisas menores.

Deve ser feita uma intervenção estatal capaz de dar também liberdade para o setor privado respirar. Uma parceria que permite ambos usar dos sistemas funcionais do país, enquanto o agronegócio continua a crescer na pandemia e estes mantêm sempre sua função básica de abastecimento. O Brasil, tendo ultrapassado até mesmo os Estados Unidos na produção de soja, é fundamental nesse problema, pois com o crescimento do agronegócio brasileiro somente a logística correta é capaz de não fazer isso tudo colapsar.

Conclusão: agronegócio cresce na pandemia

ferrovia no meio de plantação

Como vimos, os problemas do mundo moderno estão todos cercados pelo planejamento correto ou incorreto, seja do sistema alimentício e do agronegócio, que cresce na pandemia, seja no sistema econômico e dos empregos, que diminuem na pandemia.

Uma crise mundial nem sempre significa a total falha do sistema industrial de um país, mas pode ter consequências graves em setores importantíssimos dentro do esquema mundial, como vimos até mesmo no abastecimento alimentar. Se não for compreendido tanto o fenômeno de lucro na crise, quanto o de como ajustar esse lucro, ele logo irá se transformar em prejuízo e talvez até mesmo em um problema de escalas incontroláveis.

Por isso mesmo, através não só das ferrovias e dos corredores logísticos, como também de através de um reconfiguração do sistema logístico e privado aliado ao estado no país, poderemos compreender realmente porque o agronegócio cresce na pandemia e porque podemos fazer disso uma via de abertura para nós retomarmos da crise e talvez fazer dela uma oportunidade de crescer e abastecer o mundo.

Fontes:

https://www.brasildefato.com.br/2021/01/26/artigo-o-mundo-pandemia-e-o-pos-pandemia-do-agronegocio

https://www.cepea.esalq.usp.br/br/opiniao-cepea/mercado-de-trabalho-e-pandemia-agronegocio-evidencia-resiliencia-frente-a-crises.aspx

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